Talita Meireles, presa por tentar raptar um bebê de um hospital de Curitiba no início deste mês, obteve um alvará de soltura e já está de volta em casa. A jovem de 23 anos ficou 17 dias no Complexo Médico Penal depois de ser presa em flagrante quando já se preparava para sair da unidade hospitalar. Ela alegou ter sofrido um aborto poucos dias antes do crime e disse que agiu por impulso.
A defesa da jovem entrou com pedido de habeas corpus alegando que Talita não oferece risco à sociedade e, por isso, poderia responder ao processo em liberdade. O alvará de soltura foi expedido no fim da tarde de quarta-feira (28) e a mulher saiu da cadeia no início da tarde desta quinta (29). Ela não quis conversar com a equipe da Rede Massa que a aguardava do lado de fora do Complexo.
O alvará de soltura traz algumas regras que Talita deve seguir para poder responder ao processo em regime aberto. Entre elas, a mulher não pode se afastar da cidade sem comunicar o Poder Judiciário e com um motivo coerente, além de estar proibida de entrar em qualquer maternidade, seja ela pública ou privada. Ela ainda está proibida de manter contato ou se aproximar da vítima da tentativa de rapto.
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Consta ainda na decisão judicial que Talita deverá fazer acompanhamento psiquiátrico e psicológico, já que o argumento para o crime que ela cometeu foi o abalo que sofreu devido à perda do primeiro filho.
Relembre o caso
Talita foi presa no dia 12 de julho depois de tentar sequestrar um recém-nascido do Hospital do Trabalhador. Vestida de enfermeira, ela entrou no quarto de uma mulher que tinha dado à luz um menino e disse que levaria o bebê para fazer exames. O crime só não foi consumado porque a mãe verdadeira da criança estranhou a demora e procurou a enfermeira de plantão para saber quanto tempo demoraria. A funcionária ficou desconfiada porque não havia qualquer exame previsto para aquele horário e avisou a segurança. A suspeita foi detida quando tentava sair com a criança no colo.