PM reabre caso de tortura policial após divulgação de vídeos

A Polícia Militar reabriu um caso de tortura policial que aconteceu no destacamento de Matelândia, no sudoeste do Paraná, em 2017. Segundo a corporação, um novo vídeo surgiu neste fim de semana nas redes sociais e, nestas imagens, um policial que ainda está na ativa foi identificado (assista abaixo).

Foto: Reprodução/Redes sociais

Por meio de nota, a PM se manifestou explicando que os dois vídeos que circularam nas redes sociais mostram casos de tortura policial registrados há aproximadamente sete anos, em abril de 2017.

No primeiro vídeo, um policial aparece colocando uma luva cirúrgica na cabeça de um preso e, na sequência, acerta um tapa no rosto do homem.

A outra imagem mostra um policial usando um pedaço de madeira para agredir outra pessoa, que também seria um preso. Nesta segunda imagem aparece um novo policial, que sorri e segura o detento durante as agressões.

PM investiga tortura policial no Paraná

Em nota, a PM informou que o primeiro vídeo já tinha sido encaminhado à corporação em 2019 e os militares que aparecem nas imagens foram expulsos. No entanto, o segundo vídeo só veio à tona agora, em janeiro de 2024, e mostram um policial militar que ainda estaria na ativa.

O policial que responsável pelas agressões seria o mesmo nos dois vídeos. Ele foi condenado a 3 anos, 8 meses e 24 dias de prisão pelo crime de tortura. O PM que filmou o vídeo com a tortura policial recebeu a pena de 1 ano, 6 meses e 20 dias de reclusão.

A questão agora envolve o policial que aparece no segundo vídeo dando risada e segurando o preso – este seria o agente que continua na ativa. Segundo a PM, ele foi afastado temporariamente e um inquérito foi aberto pela instituição para apurar o caso.

A PM não divulgou os nomes dos policiais envolvidos e, portanto, não foi possível entrar em contato com a defesa dos suspeitos. Caso algum policial investigado apareça nas imagens e queria se manifestar, o espaço está aberto.