Vagas exclusivas para táxi em Curitiba podem ser redistribuídas; entenda

Com a colaboração de Câmara Municipal de Curitiba

Reservadas aos taxistas na época que a capital paranaense tinha uma frota de quase 4 mil veículos, as vagas exclusivas de táxi em Curitiba foram tema de um pedido dos vereadores à Prefeitura de Curitiba, para redistribuição delas conforme a necessidade atual.

Foto: Arquivo/Levy Ferreira/SMCS

O estudo sobre as vagas exclusivas de táxi foi aprovado pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta terça-feira (14), em votação simbólica, por iniciativa do vereador Professor Euler (MDB).

“Não se trata de reduzir as vagas exclusivas, mas de se fazer um estudo para a adequação do número delas, para ampliar onde precisa e tirar as que estão ociosas. Hoje, Curitiba tem cerca de 1,5 mil táxis, então é natural que haja vagas ociosas. A cidade muda, é um organismo vivo, então em vez de os vereadores fazerem pedidos isolados, fica a sugestão para a prefeitura fazer um estudo mais sistemático”,

defendeu Euler.

A proposta foi a mais debatida entre as sete indicações ao Executivo aprovadas hoje na CMC. Para exemplificar a nova conjuntura do transporte individual de passageiros em Curitiba, Euler lembrou que a lei municipal estipula que deve haver um táxi para cada 500 habitantes, mas que se a norma for levada ao pé da letra, a frota deveria ser o dobro da atual, com 3,9 mil veículos circulando.

“Temos muito menos que isso”, apontou, lembrando da mudança causada pela entrada dos aplicativos tipo Uber na organização dessa atividade social.

Afirmando sua condição de interlocutores com os taxistas na CMC, Alexandre Leprevost (Solidariedade) e Tico Kuzma (Pros) frisaram que se trata de um estudo para redistribuição das vagas e não para sua eliminação.

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“A Prefeitura de Curitiba está fazendo novos chamamentos de táxis [para recompor a frota]”, alertou Kuzma. “Os taxistas são patrimônio cultural da cidade, por isso se trata de uma readequação. Sou contra até o ponto compartilhado [entre taxistas e aplicativos], que pode gerar problemas entre as duas classes”, acrescentou Leprevost.

A ideia de dividir as vagas surgiu numa fala de Rodrigo Reis (União), que relatou ter recebido notícia de vagas ociosas de táxi “na cidade inteira”.

“Podemos compartilhar essas vagas que não estão sendo usadas, para que os motoristas de aplicativos possam usar para estacionar sem ser multados. Eles são quase 25 mil em Curitiba e na região metropolitana. Na rodoferroviária, por exemplo, não têm espaço para parar”,

destacou o vereador.

Ezequias Barros (PMB) disse que em Florianópolis já há vagas públicas para os serviços de aplicativo e ressaltou que mercados e shoppings de Curitiba já criaram espaço para esses motoristas.

“Os próximos alvarás [de grandes empreendimentos] já deviam prever pontos de parada”, ressaltou o parlamentar. Noemia Rocha (MDB) e Jornalista Márcio Barros (PSD) apoiaram a realização do estudo para redistribuição das vagas exclusivas de táxi.

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