Na noite desta sexta-feira (12), o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, ao lado da primeira-dama, Margarita Sansone, decretou que a partir da meia-noite de amanhã (13) a cidade vai adotar a bandeira vermelha. A medida é devido ao esgotamento do sistema de saúde, causado pelo aumento expressivo dos números de casos de covid-19. Portanto, desde o início da pandemia, essa é a primeira vez que Curitiba entrará em lockdown.
O decreto terá validade de nove dias, até o dia 21 de março. Os supermercados, postos de gasolina, farmácias, serviço de coleta de lixo e serviços essenciais vão funcionar. Já a indústria, o comércio e as obras públicas não poderão abrir ou funcionar.
Durante o pronunciamento, Greca informou a quantidade de leitos abertos nos últimos dias. Hoje (12), a ocupação dos leitos adultos chegou a 98%, sobrando apenas oito leitos livres para os infectados com a covid-19. De acordo com o prefeito, foram comprados 50 respiradores, que deveriam durar, em média, 15 dias. Entretanto, todos já foram usados, em apenas um dia. Ele também comentou o cenário preocupante que as mortes de pessoas mais jovens, em decorrência do coronavírus, estão trazendo.
“É um esforço imenso, que não é para gerar desânimo, mas para provocar esperança. Vai passar, nós vamos vencer. Nós temos vacina, não tantas quanto merecemos e desejamos, mas temos uma lei que nos permite comprar vacinas. Estamos trabalhando arduamente para conseguir” enfatizou Greca.
A mensagem final do vídeo pede a colaboração de todos os curitibanos: “Só vai passar se todo mundo ajudar”, disse Greca. “O negacionismo, a ignorância, o ‘fingir que está tudo bem’, não vai ajudar ninguém. Precisamos ficar em casa e obedecer as autoridades”, complementou.
Segundo ele, isso faz parte de um apelo de diversos órgãos, como o Conselho Regional de Medicina, o Conselho Regional de Enfermagem, o Ministério Público da Saúde, o Ministério Público do Paraná, a Secretaria de Saúde, entre outros.