O segurança suspeito de espancar Adriano Pereira Marcelino em uma festa em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, afirmou em depoimento que ‘não houve excesso’ nas agressões à vítima. Adriano morreu no dia 22 de novembro devido à graves lesões no crânio, no Hospital do Rocio.
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No depoimento, obtido pela equipe de reportagem da Rede Massa | SBT, o suspeito das agressões diz que tudo começou porque Adriano teria tentado agredir uma mulher na festa, no Ginásio Polentão. Porém, a suposta mulher seria a ex de Adriano, que afirmou à Rede Massa que ele segurou no braço dela, mas que não aconteceu nada para justificar o espancamento.
O segurança ainda disse que levou a vítima para fora e continuou as agressões porque Adriano estaria fazendo ameaças e perguntando se o colete dos funcionários era a prova de balas. Ele afirmou também que Adriano teria caído no chão, e por isso teve lesões na cabeça.
Testemunhas, porém, relataram que a vítima foi levada para fora já inconsciente e só foi levada ao hospital horas após as agressões.
De acordo com o delegado Haroldo Luiz Vergueiro Davison, o laudo médico aponta que Adriano teve graves lesões em várias regiões da cabeça, além de afundamento e amolecimento de crânio, que indicam a intensidade das agressões.
O segurança, que seria contratado apenas para aquela festa, deve ser indiciado por homicídio doloso.