Terminaram nesta quinta-feira (20) as audiências de instrução do caso do policial federal Ronaldo Massuia, que causou um tiroteio em uma loja de conveniências de posto de combustíveis no bairro Cristo Rei, em Curitiba. No depoimento, ele leu uma carta onde se desculpou pelos atos.
Na ocasião, no dia 2 de maio, Ronaldo entrou no estabelecimento e efetuou vários disparos. Uma das pessoas atingidas, o fotógrafo André Muniz Fritoli, 32 anos, morreu. Outras três pessoas foram baleadas.
Foram sete dias de audiências. Além do policial, que prestou depoimento por último, foram ouvidas 16 testemunhas de acusação e 18 de defesa. Após a finalização desta etapa do julgamento, nas próximas semanas a Justiça deve decidir se Ronaldo irá a júri polular.
Policial lê carta aberta
Durante o depoimento, Ronaldo Massuia leu uma carta onde pediu perdão a “todos que de alguma forma causou dor, sofrimento e tristeza”. Ele também afirmou no texto que não lembra direito do que aconteceu, mas que as imagens que viu pela imprensa causam “enorme dor e tristeza”, que o ato é um “erro irreparável” e que não se perdoa por isso.
Ele pediu perdão às vítimas, em especial à família de André.
Ronaldo ainda disse que trabalhou em vários setores da polícia no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas e que agora, por “grotesca ironia do destino”, está no mesmo lugar dos criminosos que ele prendeu.
O policial federal responde por homicídio qualificado e sete tentativas de homicídio, com qualificadoras de perigo comum, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Ele segue preso no Complexo Médico Penal de Pinhais.
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