Em 2020, o Paraná realizou 1,4 milhão de testes RT-PCR para detectar o novo coronavírus. O Estado é uma das unidades federativas com maior testagem da população no Brasil.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, os testes são uma medida de enfrentamento ao coronavírus. “Adotamos, por meio do Laboratório Central do Estado, a testagem como uma das principais estratégias de enfrentamento ao coronavírus. Foi uma linha definida pelo Governo do Estado, pois consideramos que o teste RT-PCR garante o diagnóstico correto e o isolamento dos casos positivos”, afirma.
Processamento dos testes
Em fevereiro de 2020, quando os primeiros casos suspeitos surgiram no Paraná, o Laboratório Central do Estado (Lacen) fazia os testes preliminares e enviava as amostras à Fiocruz para a finalização dos laudos. Em março, 600 exames por dia já eram processados, representando um aumento de 400% em relação ao início da pandemia.
O Governo do Paraná fez, em março, uma parceria com o Instituto de Biologia Molecular (IBMP) e com outros laboratórios particulares e ligados a universidades. Hoje, o Lacen e o IBMP conseguem fazer 10,6 mil análises por dia.
Surtos ativos
O Paraná também adotou a detecção de locais com surtos ativos como estratégia no enfrentamento do coronavírus.
Do início da pandemia até a última semana de dezembro foram enviadas 57.132 notificações de surtos para o Estado, 20.428 foram confirmadas. Os locais onde ocorreu a identificação dos surtos foram: frigoríficos, serviços de saúde, instituições de longa permanência de idosos, unidades prisionais e penitenciárias, indústrias e canteiros de obras. Também foram identificados surtos em locais que tiveram encontros sociais e familiares, como festas de aniversário e casamentos.
Até o fim de 2020, foram contabilizados 233 óbitos devido às situações de surtos.
Rastreamento
Outra medida adotada para o controle da covid-19 no Paraná foi o rastreamento de contatos de casos confirmados. Essa ação permite que seja feita a identificação e o isolamento das pessoas que podem ter sido expostas a um caso confirmado ou suspeito.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr, diz que o rastreamento é importante para interromper a cadeia de transmissão e conter o surto da doença. “Neste período, o Estado registrou cerca de 120 mil contatos e conseguiu encerrar 102.973 monitoramentos. A estratégia detectou 1.040 casos”, informa a coordenadora.
Colaboração AEN