A audiência de instrução e julgamento do policial federal Ronaldo Massuia, 43 anos, começou nesta quarta-feira (28) no Tribunal do Júri, em Curitiba.
A previsão é que sejam sete dias de audiências, que vão definir se o caso vai a júri popular. Ronaldo é denunciado por homicídio triplamente qualificado e sete tentativas de homicídio.
No dia 2 de maio, o policial efetuou vários disparos em uma loja de conveniência, em um posto de combustível localizado no bairro Cristo Rei. Atingido pelos disparos, o fotógrafo André Luiz Fritoli, 32 anos, morreu. Outras três pessoas foram baleadas.
Na época do crime, o policial disse que havia surtado. Ele começou a atirar nas pessoas após discutir com um homem que estava parado no balcão do estabelecimento. Outras pessoas tentaram intervir e Ronaldo foi agredido no rosto.
Dos feridos, duas pessoas eram motoristas de aplicativo e estavam fazendo um lanche no local. A outra vítima era um homem que levou um tiro na perna ao defender a namorada.
Testemunhas relataram que Ronaldo já havia surtado um pouco antes, em uma casa noturna no Batel. O policial foi preso em flagrante e prestou depoimento na Central de Flagrantes de Curitiba. Na época, ele alegou legítima defesa.
Após depoimento, ele foi levado pela Polícia Federal (PF), que instaurou um processo disciplinar para apurar os fatos ocorridos no dia.
A PF também confirmou que o acusado, com mais de 20 anos na instituição, já respondeu por outras infrações.
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